HISTÓRIA DA AROMATERAPIA - PARTE 2
Olá pessoas!!!! Voltei para escrever um pouco mais (na verdade muiiito, rsrsrs) sobre a história da aromaterapia. Como já disse no blog anterior História da Aromaterapia Parte 1, este post é dedicado àqueles que assim como eu sentiram falta de um conteúdo mais profundo e completo para seus estudos. Uma ótima leitura a todos e até o próximo post!!!!!
Avicena – Pai da Aromaterapia Antiga
Com as Cruzadas, o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste da Arábia.
Durante os Séculos X e XI, a medicina árabe era a mais avançada do Mundo Ocidental.
Em 989 d.C. nascia, na Pérsia, Ibn Sina (chamado de Avicena). Avicena foi um grande estudioso, químico, matemático e também foi o responsável pelo aprimoramento de um equipamento de destilação muito simples. Através desse aprimoramento, conseguiu extrair óleo essencial da Rosa Centifolia, a partir de suas pétalas. Utilizou amplamente os óleos essenciais de forma terapêutica. Escreveu mais de cem livros, um deles onde descreve os efeitos benéficos das essências de rosas. Suas principais obras foram: O Livro da Cura e o Cânon da Medicina, onde relaciona nada menos que 760 substâncias.
Sendo assim, podemos considerar os persas como os inventores da destilação.
Os árabes foram os pioneiros na produção de perfumes, já que tinham desenvolvido técnicas de destilação e uma considerável evolução da química.
Por seus avançados conhecimentos em alquimia, medicina (citado anteriormente) e terapias naturais, podemos considerá-los os “fundadores da Aromaterapia”, apesar de naquela época ainda não existir um interesse genuíno pelas propriedades terapêuticas dos óleos essenciais.
Idade Média
No Século XII, os Cruzados Medievais também foram os responsáveis por introduzirem na Europa os perfumes essenciais produzidos no Oriente. Ainda no final desse século, o consumo desses produtos aumentou consideravelmente na Europa, pois já haviam desenvolvido técnicas de cultivo das plantas aromáticas para a produção dos perfumes. A utilização dessas plantas de forma terapêutica ainda estava em segundo plano.
Sabemos que nesse período Medieval não era habitual tomar banhos e muito menos lavar roupas. Os Europeus possuíam o hábito de espalhar ervas aromáticas no chão para disfarçar o cheiro, até mesmo porque perfumes eram utilizados apenas pela nobreza.
Essa falta de higiene pessoal, juntamente com a proliferação dos ratos contaminados por pulgas (trazidos pelos navios mercantes), foram os grandes responsáveis pela disseminação da Peste Negra durante o Século XIV. Ela foi responsável pela morte de milhões de pessoas na Europa.
A Peste Bubônica foi chamada de Peste Negra devido a um dos sintomas da doença que era a presença de manchas negras nos braços, pernas e em outras partes do corpo dos doentes.
O povo, os médicos e os nobres começaram a observar uma menor incidência de morte entre os perfumistas da época e também entre as pessoas que trabalhavam nos portos e ficavam em contato com as especiarias. Assim, os médicos passaram a utilizar máscaras de proteção com grandes narizes onde depositavam vinagre, ervas e óleos essenciais a fim de se protegerem do contágio da peste.
Nesse período Teocêntrico, a Igreja atribuía a Peste a um grande castigo Divino motivado pelos pecados cometidos pela população cristã. Isso fez com que o povo utilizasse amuletos contendo resinas e plantas aromáticas no pescoço para que não pegassem a Peste Negra.
Enquanto isso, do outro lado do Mundo, nas Américas, os índios norte-americanos já produziam seus próprios remédios fitoterápicos e usavam óleos aromáticos. Assim como os Astecas, que foram muito conhecidos naquela época pelos medicamentos que usavam.
No Século XVI, surge o pioneiro no processo de registrar a dissociação dos agentes químicos ativos de plantas, o médico, cirurgião e alquimista Paracelso.
No Século seguinte, Nicholas Culpeper, botânico, especialista em ervas medicinais, escreveu o famoso livro Complete Herbal, e o livro The English Physitian. Ambos contêm um rico conhecimento sobre farmácia e herbalismo que tiveram importância fundamental para a Fitoterapia e Aromaterapia atuais.